ESG é a sigla para o termo em inglês Enviroment, Social and Governance. Esse termo significa no mundo dos negócios, um conjunto de critérios para avaliar como empresas na bolsa se posicionam em questões ambientais, sociais e de governança, indo além apenas do termo econômico. É um fator fundamental a se levar na hora de investir, visto que as empresas têm um papel importante na economia e possuem impacto brutal na vida das pessoas. Com os tempos mudando, principalmente nós, jovens, passamos a ter essa ideia maior de sustentabilidade e a importância de ajudar a sociedade, com isso em mente, as percepções de relevância das companhias passaram a incluir outros fatores além de lucros.
Na questão ambiental, é levado em conta como a empresa usa sua energia, descarta lixo, se contribui para mudanças climáticas, se emite gás carbônico, poluição, entre outros. No quesito social, é dada importância a diversidade no quadro de funcionários, aos cuidados com a segurança no trabalho, direitos dos colaboradores, engajamento, proteção de dados, e ao relacionamento com a comunidade. Já na questão governança, as políticas anticorrupção, estruturas éticas e as diversidades no conselho de administração, podem ser grandes exemplos. Para cada critério ESG é importante saber se ele é relevante para a empresa que estamos olhando ou não.
Segundo uma pesquisa de 2016 da Cone Communications, cerca de 75% dos millennials estão dispostos a ter um corte no salário para trabalhar em uma empresa socialmente responsável, isso demonstra que empresas que ainda são consideradas agressoras ao meio ambiente e/ou possuem falhas em outros critérios, estão vivenciando impactos negativos em lucridade e uma baixa em seu valor de mercado, refletindo no preço das ações. Uma ferramenta boa para se medir o impacto das práticas de sustentabilidade na perfomance de uma empresa é a carteira ISE (indice de sustentabilidade empresarial) que incorpora os valores ESG, e é formada hoje por diversas companhias, como Bradesco, Natura, Tim, AES tietê, entre outras. Desde sua criação, o ISE entregou uma rentabilidade superior á do IBOVESPA (subiu cerca de 296%) comprovando os impactos positivos das questões ESG, que já são mundiais.
Vale a pena mencionar a relação de outros países com os critérios ESG, onde os Estados Unidos, apesar de ser o mais profundo e amplo mercado para investidores no mundo, ficam atrás da Europa no quesito. De modo evidente, países em desenvolvimento, como o Brasil, ficariam um pouco atrás ao ser comparado a países desenvolvidos, mas a B3 (bolsa brasileira) é uma referência mundial e fundadora do índice S&P/B3 Brasil ESG, que seleciona empresas brasileiras que possuem as melhores avaliações ESG, para sua carteira. O grande desafio ESG é a certificação de que de fato, as empresas cumprem as melhores práticas e conseguem ser mais sustentáveis, transparentes e eficientes, mas isso não significa que a metodologia deixa de ser algo imprescindível. Segundo Hank Smith, chefe de estratégia de investimento da The Haverford Trust Company ''o investimento em ESG é sobre influenciar mudanças positivas na sociedade, sendo um investidor melhor''.
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