A política monetária tem a função de controlar a inflação no Brasil, tentando mantê-la na meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional através de mecanismos de política monetária que regulam a liquidez da economia, ou seja, regulam o dinheiro em circulação. A autoridade monetária do país é o Banco Central, que exerce o controle sobre a economia através da taxa selic média, do open market, do depósito compulsório e do redesconto.
Taxa Selic - é a taxa básica de juros da economia referente a negociações de títulos públicos, podendo impactar em todo o mercado financeiro, sobre os investimentos e linhas de crédito, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Quando a taxa selic aumenta, os juros das linhas de crédito, por exemplo, sobem também, isto faz com que haja menos dinheiro em circulação, menos consumo e os preços de produtos caiam. No entanto, quando a Selic diminui, a tendência é que os juros das linhas de crédito aumentem, e haja mais dinheiro em circulação, mais consumo e os preços aumentam, ou seja, a inflação aumenta. Vale ressaltar que a taxa selic é definida pelo COPOM, Comitê de Política Monetária do Banco Central, que se reúne 8 vezes por ano em sessões ordinárias para discussão de aspectos econômicos mundiais e internos, definindo a taxa selic meta.
Open market - “mercado aberto”, é a compra e venda de títulos públicos promovidas pelo Banco Central juntamente aos dealers, instituições financeiras autorizadas a negociar títulos públicos direto com o Banco Central. Quando o Banco Central precisa reduzir a liquidez (retirar dinheiro do mercado) ele irá vender títulos públicos, sendo comprados pelos dealers. No entanto, quando ele precisa aumentar a liquidez, ele compra títulos públicos e os dealers vendem, aumentando o dinheiro em circulação. Esta negociação de compra e venda de títulos é feita via leilão, utilizando a taxa operacional da selic over, taxa baseada na média ponderada de operações do mercado interfinanceiro lastreadas em títulos públicos, o Banco Central precisa operar no mercado interfinanceiro para garantir que a selic over não seja maior que a selic meta.
Depósito Compulsório - é o recolhimento obrigatório de uma parcela de liquidez das instituições financeiras junto ao Banco Central, impedindo que o efeito multiplicativo de dinheiro seja um processo infinito. Além de controlar o excesso de liquidez e, consequentemente, a inflação, o depósito compulsório traz segurança para o mercado, protegendo-o de um possível saque generalizado, já que existe mais dinheiro digital do que físico. Portanto, quanto maior for a porcentagem do recolhimento obrigatório, menor é a liquidez.
Redesconto - é o empréstimo de última instância proporcionado pelo Banco Central às Instituições Financeiras. O redesconto não é tão comum de ocorrer, porém é uma forma de socorrer instituições financeiras que não conseguiram emprestar dinheiro do mercado, todavia, a taxa de redesconto tende a ser uma taxa maior do que a taxa encontrada no mercado. Quando o Banco Central aumenta a taxa do depósito compulsório, menos instituições emprestam do Banco Central, logo a empresa tem menos dinheiro e a liquidez do mercado diminui; quando o Banco Central diminui a taxa, mais instituições tomam dinheiro emprestado e a liquidez da economia aumenta.
Com tudo apresentado é importante mencionar as diferenças entre política monetária restritiva e expansionista. A primeira, também chamada de contracionista, é caracterizada por proporcionar menos liquidez e a segunda mais liquidez.
Política restritiva: há o aumento da taxa Selic, Banco Central aumenta a venda de títulos públicos no open market, aumenta a taxa do depósito compulsório e aumenta a taxa de redesconto.
Política expansionista: há a diminuição da taxa selic, o aumento da compra de títulos públicos no open market, diminuição da taxa do depósito compulsório e da taxa de redesconto.
A política monetária é exercida de forma a ajudar o crescimento econômico do país por meio do estímulo ou não ao consumo e a investimentos de empresas, aumentando ou diminuindo a arrecadação de impostos e gastos do governo, influenciando diretamente no PIB brasileiro, que é definido a partir da soma do consumo das família, investimentos, gastos governamentais e balança comercial. Além da política monetária, a política fiscal descreve como o governo arrecada e gasta os recursos públicos e, a política cambial descreve como o real vai se relacionar com outras moedas, influenciando a balança comercial.
Muito bem feito e explicado��
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